Política
Pastor preso pela PF falou em 'recado' para Alexandre de Moraes e Lula em 8 de janeiro: 'Arrancaram porta e tudo'
Dirlei Paiz, suspeito de ter financiado os atos golpistas de janeiro, mantém em rede social vídeos em que mostra e comemora a invasão às sedes dos Três Poderes por 'patriotas, cidadãos de bem': 'Domingo que vai ficar pra história"
Preso nesta quinta-feira (17) pela Polícia Federal, numa nova fase da Operação Lesa Pátria, o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC), é suspeito de organizar e divulgar a chamada "Festa da Selma", como foi apelidada a convocação de caravanas a Brasília no fim de semana de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. Numa rede social, o pastor mantém postagens com mensagens golpistas, incluindo vídeos feitos no próprio 8 de janeiro, chamado por ele de "um domingo marcante". "Os patriotas deixaram um recado para Alexandre de Moraes, arrancaram porta e tudo. Deixaram recado para Lula, deixaram recado para esse povo que a população brasileira não suporta mais", afirmou ele sobre o que presenciou.
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Após os atos golpistas, Dirlei fez uma live de mais de 40 minutos em seu Instagram em que conversou com seus seguidores — que, atualmente, somam mais de 7,8 mil. "Hoje, dia 8 de janeiro de 2023, vai ficar pra história essa data, onde o povo brasileiro, onde os patriotas, cidadãos de bem, com paciência já esgotada com essa patifaria que está acontecendo no Brasil, invadiram Brasília", começou ele no longo vídeo, em que chamou o presidente Lula inúmeras vezes de "cachaceiro", falou que as Forças Armadas "está do lado dos vermelhos" e rebateu aqueles que lhe pediam calma com respostas acaloradas: "Tudo tem um limite".
Em outras publicações mais recentes, Dirlei cita com críticas o ministro do governo Lula Flávio Dino; pede inúmeras vezes "#ForaLula"; enaltece o ex-presidente Jair Bolsonaro em vídeos e outras postagens; posta foto com Jair Renan, filho de Jair Bolsonaro; e fala até sobre o uso de cropped por famosos, o que chamou de "moda diabólica".
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Nesta quinta-feira (17), a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Lesa Pátria para cumprir dez mandados de prisão e outros 16 de busca e apreensão contra pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília. As ações, em seis estados — Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia —, foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Além de Dirlei, outros alvos da operação de hoje são a cantora evangélica Fernanda Oliver, presa em Goiânia, e os influenciadores Isac Ferreira, preso no Distrito Federal, e Rodrigo Lima, preso na Paraíba.
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