Política
Sócio de empresa de criptomoedas diz que desfalque impediu pagamento de clientes
Representante da MSK Operações diz que rastreamento das criptomoedas possibilitará ressarcir prejuízo de clientes
Um dos sócios da empresa MSK Operações e Investimentos, Carlos Eduardo de Lucas, disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras nesta quarta-feira (16), que a empresa, investigada por lesar cerca de 4.000 clientes que realizaram investimentos em criptomoedas, teria sido surpreendida com um desfalque financeiro executado por um dos funcionários.
A MSK é uma assessoria de investimentos focada em ativos de alto risco, como criptomoedas. Segundo Carlos Eduardo de Lucas, a empresa decidiu encerrar as atividades com criptoativos após sofrer perdas devido às oscilações o mercado e, naquele momento, informou aos clientes que eles seriam ressarcidos.
O contrato de distrato para devolução do dinheiro, conforme o sócio da empresa, foi aceito por mais de 80% dos clientes e um cronograma de pagamentos foi estipulado. No entanto, o desfalque teria impedido o ressarcimento.
Em 2022, a empresa foi indiciada pela Polícia Civil de São Paulo pela prática de vários crimes, como pirâmide financeira e publicidade falsa.
Carlos Eduardo de Lucas explicou que a empresa foi criada em 2015 e registrada na Comissão de Valores Imobiliários (CVM). Em 2021, segundo ele, o grupo teve uma receita bruta total de mais de R$ 300 milhões, com mais de 3.800 contratos ativos de investidores.
O deputado Julio Lopes (PP-RJ) questionou o outro sócio da empresa, que também foi ouvido pelo colegiado, Glaidson Tadeu Rosa, sobre a real possibilidade de pagamento dos clientes lesados. Glaidson afirmou que, com o rastreamento das criptomoedas, feito por um perícia independente, será possível executar o ressarcimento dentro do processo recuperação judicial da empresa.
A CPI investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao todo, 11 empresas teriam realizado fraudes utilizando moeda digital, como a divulgação de informações falsas e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.
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