Política

De show de rock a culto evangélico: veja como foram as últimas comemorações pós-posse de ministros do STF

Cristiano Zanin, que assume cargo nesta quarta-feira, é o quarto novato na Corte desde 2017

Agência O Globo - GLOBO 03/08/2023
De show de rock a culto evangélico: veja como foram as últimas comemorações pós-posse de ministros do STF

Ex-advogado pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins tomou posse no Supremo Tribunal Federal (STF) em cerimônia nesta quinta-feira à tarde, em Brasília. Para comemorar, seguindo a tradição dos ministros da Corte, será realizada uma festa organizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que acontece após o evento oficial.

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Desde 2017, Zanin é o quarto a assumir uma cadeira no Supremo. Antes dele, Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques e André Mendonça também tiveram suas próprias celebrações, que abrangeram desde shows de rock até cultos evangélicos.

Cristiano Zanin

A comemoração pós-posse do novo ministro do STF, nesta quinta-feira, terá um repertório especial. O evento deve apresentar uma seleção de hits do rock anos 80 e 90, como Capital Inicial e Legião Urbana.

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A banda de nome Solange, que vai cuidar da trilha sonora da festa, já é conhecida do universo judiciário e participou de outros eventos da AMB. A popularidade do grupo no meio se dá por meio do vocalista, o juiz Carlos Alberto Martins Filho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) e atual presidente da Associação dos Magistrados (Amagis) do DF.

Com a lista de convidados composta em sua maioria por magistrados e personalidades ligadas ao Judiciário, o evento vai contar com a presença de ministros da Corte em exercício e aposentados e autoridades como os presidentes da República, da Câmara, do Senado e de tribunais superiores. Os ingressos estão sendo vendidos pelo valor de R$ 500.

André Mendonça

Ao contrário da tradição das posses de ministros no STF, a chegada de André Mendonça, em dezembro de 2021, não foi celebrada com uma festa. A escolha foi um culto evangélico organizado pela Assembleia de Deus em Madureira, igreja ligada a Mendonça, que promoveu uma solenidade em uma unidade de Brasília, logo após a cerimônia no STF.

As associações se prontificaram para organizar uma festa, mas o ministro recusou. Pastor, Mendonça está licenciado da Igreja Presbiteriana de Brasília, templo que frequenta na capital federal.

Na celebração religiosa, o único ministro do Supremo a comparecer foi Ricardo Lewandowski. O ex-presidente Jair Bolsonaro também esteve presente, assim como alguns de seus então ministros, como Tarcísio Gomes de Freitas, Marcelo Queiroga, Damares Alves e Milton Ribeiro.

O convite de Mendonça para o culto incluía uma citação da Bíblia: "Porque dEle, e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém." Ao final, constou uma assinatura do presidente executivo e do presidente vitalício da Assembleia de Deus, os bispos Samuel Ferreira e Manoel Ferreira. Ambos têm ligações com a bancada evangélica no Congresso Nacional, que ajudou Mendonça a chegar ao Supremo.

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Kassio Nunes Marques

Nunes Marques não pôde celebrar o novo cargo. Ele ingressou na Corte em novembro de 2020, no auge da pandemia, e tomou posse sem festa, para evitar a disseminação da Covid-19.

A cerimônia na Corte também contou com a presença de poucos convidados. Estiveram no local apenas o então presidente da República, Jair Bolsonaro, os então presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, e o Procurador-Geral da República, Augusto Aras.

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Do STF, estavam presentes os ministros Luiz Fux, Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli. Os demais acompanharam a cerimônia por videoconferência para evitar o contágio pelo coronavírus. Outros convidados, como presidentes de tribunais e membros de associações de classe, também acompanharam a posse remotamente.

Alexandre de Moraes

Na posse de Alexandre de Moraes, em março de 2017, a celebração foi tradicional. Na noite após a cerimônia, um jantar foi organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em uma casa de festas em Brasília. Os ingressos para o evento foram vendidos por R$ 350.

Com música ao vivo, a festa contou com a presença de diversos ministros do então governo, além de deputados, senadores e outros políticos. Os membros da Suprema Corte à época também compareceram ao jantar, entre eles Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Luis Roberto Barroso. O então presidente Michel Temer não compareceu.