Política
Líder do PL diz que 'não dava' para manter no partido deputado que 'fez o L': 'Simbólico demais'
Altineu Côrtes afirmou que a expulsão de Yury do Paredão (PL-CE) não tem a ver com as vezes em que votou junto ao governo
O líder do partido de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou nesta sexta-feira que a atitude de Yury do Paredão (PL-CE) de "fazer o L" ao lado de dois ministros de Lula (PT) impossibilitou sua continuidade no partido. Ao GLOBO, o parlamentar ressaltou que Yury tem boa relação com o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, mas reiterou que o gesto de apoio ao petista foi "simbólico demais".
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– O gesto político foi o que levou Valdemar a optar pelo afastamento, foi simbólico demais. Eu tenho ótima relação com ele (Yury do Paredão), o presidente também, mas politicamente ficou entendido que não dava – disse Altineu Côrtes, que lidera o partido na Casa Legislativa.
Como noticiou o GLOBO mais cedo, o partido aplicou punições a outros oito deputados que votaram com o governo na Medida Provisória que reestruturou os ministérios. Os parlamentares foram suspensos, por três meses, das comissões que integram e não podem ser indicados a outros colegiados durante este período.
De acordo com o líder do PL, no entanto, a expulsão de Yury não tem a ver com seu posicionamento nas propostas. Caso não tivesse "feito o L", também seria aplicado as mesmas sanções, previstas no estatuto da sigla.
– Quem contrariar o partido em votações, vai sofrer sanções. Internamente já foi discutido que em votações normais aceitamos, dentro de um limite, que alguns deputados apoiem o governo por terem outra realidade. Mas quando for pela defesa do conservadorismo, pautas religiosas, o partido fecha questão e é preciso acompanhar – afirmou.
Atualmente, as punições se aplicam a Detinha (MA), Bacelar (BA), Josimar Maranhãozinho (MA), Junior Lourenço (MA), Junior Mano (CE), Matheus Noronha (CE), Pastor Gil (MA), Vinicius Gurgel e Yury do Paredão – que aguarda o desfecho do processo de expulsão.
Em agenda na quinta-feira da semana passada (13), Yury do Paredão posou para fotografia "fazendo o L" ao lado de ministros Paulo Pimenta (Comunicação Social) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional). A imagem veio à tona após ser publicada na coluna do jornalista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.
— Não esperava que fosse (vazar a foto). Foi um encontro democrático com os ministros de Lula. Na verdade, a foto foi um momento de alegria pela inauguração da bomba, mas respeito a decisão de Valdemar — disse Yury ao GLOBO.
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