Política
Marcos do Val deixa a PF após prestar depoimento sobre suposta trama golpista
Bolsonaro foi ouvido na semana passada e negou plano de gravar Moraes
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, após prestar um novo depoimento sobre uma suposta trama golpista revelada pelo próprio parlamentar. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ouvido na semana passada a respeito do mesmo caso.
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A conspiração também envolveria o ex-deputado Daniel Silveira e consistiria em tentar gravar de maneira escondida o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para induzi-lo a falar algo que pudesse gerar alguma nulidade no processo eleitoral de 2022.
A investigação foi aberta por Moraes em fevereiro, após o ministro afirmar que Do Val havia apresentado versões divergentes sobre os fatos em entrevistas e em um depoimento anterior à PF. Em junho, o ministro determinou busca e apreensão no gabinete do senador.
Bolsonaro: única reunião com senador
Em seu quarto depoimento à PF este ano, Bolsonaro admitiu na semana passada ter recebido Marcos do Val e Daniel Silveira no Palácio da Alvorada, mas negou ter tramado com ele uma tentativa de golpe envolvendo Moraes. Segundo o ex-presidente, o encontro ocorrido em dezembro do ano passado teria durado cerca de 20 minutos. Ele disse também que, como chefe do executivo federal, recebia “a todos que solicitassem uma audiência”.
Também à PF, Bolsonaro destacou que aquele era a primeira e única reunião presencial realizada com Do Val, com quem não mantinha intimidade. Aos jornalistas, apesar de uma mensagem no celular do senador mostrar que após o encontro ele enviou a Do Val uma lista de aliados que estariam respondendo a ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente disse que o texto fazia parte de uma lista de transmissão do aplicativo WhatsApp.
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O ex-presidente disse também não foi levantada possibilidade de participação de militares nem de integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o encontro. Sobre Moraes, disse não ter tido qualquer articulação ou debate de estratégia para gravar o ministro, não tendo sequer citado seu nome durante o encontro.
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