O presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou, na tarde desta quinta-feira, o convite para que Gustavo Feliciano assuma o Ministério do Turismo. A reunião, realizada no Palácio do Planalto, contou com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), um dos principais articuladores da indicação.

O encontro teve duração de cerca de 30 minutos. Também participaram o pai do novo ministro, deputado Gustavo Damião (União-PB), que é vice-líder do governo na Câmara; o líder do União Brasil, Pedro Lucas (MA); e o deputado e ex-ministro Juscelino Filho (MA).

Após a reunião, todos acompanharam Lula até o térreo do Palácio do Planalto para a inauguração de uma maquete sobre a transposição do Rio São Francisco.

Gustavo Feliciano aceitou o convite e deve tomar posse na próxima semana, provavelmente na terça-feira. O atual ministro, Celso Sabino, não esteve presente, mas Lula gravou um vídeo agradecendo sua atuação à frente da pasta.

A escolha de Feliciano representa um gesto político de Lula a Hugo Motta e à Câmara dos Deputados, especialmente em um momento de desconfiança do Executivo em relação à atuação do presidente da Casa. Além disso, a nomeação é vista como uma oportunidade para o governo se aproximar de uma ala do União Brasil, já de olho nas eleições de 2026.

Com a chegada de Feliciano, o governo espera garantir o apoio de cerca de 25 dos 59 deputados do União Brasil à reeleição de Lula no próximo ano. Antes de oficializar a entrada de Gustavo Feliciano no governo, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reuniu-se com o presidente do partido, Antonio Rueda.

Segundo interlocutores, Hugo Motta afirmou sentir-se contemplado com a indicação de Gustavo Feliciano para a Esplanada dos Ministérios. Nos últimos meses, aliados de Motta vinham criticando a ausência de espaço do parlamentar no primeiro escalão do governo, ao contrário do antecessor, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Gustavo Feliciano já atuou na gestão do Governo da Paraíba. Hugo Motta, aliado do governador João Azevêdo, espera contar com o apoio do chefe do Executivo estadual e de Lula para viabilizar a candidatura de seu pai, Nabor Wanderley (Republicanos-PB), ao Senado em 2026.