Poder e Governo

Quem é Weverton Rocha, senador alvo de operação da PF em investigação sobre fraude no INSS

Senador foi assessor de Lupi no Ministério do Trabalho e é um dos principais aliados de Alcolumbre no Senado

Agência O Globo - 18/12/2025
Quem é Weverton Rocha, senador alvo de operação da PF em investigação sobre fraude no INSS
Jefferson Rudy/Agência Senado - Foto: Em pronunciamento, à bancada, senador Weverton (PDT-MA).

O senador Weverton Rocha (PDT-MA), alvo de operação da Polícia Federal nesta semana, ocupa a vice-liderança do governo no Senado e é considerado um dos nomes de maior confiança do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). Entre suas atribuições recentes, foi escolhido para relatar a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Weverton também é relator da nova Lei de Crimes de Responsabilidade, legislação revisada sobre impeachment, que atualiza as regras para apresentação de denúncias contra autoridades como ministros do STF e o presidente da República.

O parlamentar está no fim do primeiro mandato como senador, eleito em 2018. Antes, foi deputado federal por dois mandatos e chegou a liderar a bancada do PDT na Câmara dos Deputados.

Seu nome apareceu entre os primeiros investigados por suposto envolvimento em fraudes no INSS. Weverton admitiu ter se reunido ao menos duas vezes com o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Os encontros ocorreram no Senado e também em sua residência em Brasília, durante um "costelão" (churrasco de costela).

As reuniões foram confirmadas por pessoas próximas ao senador e por sua assessoria. "Conheci Antônio Carlos Camilo Antunes em um costelão na minha casa, para a qual ele foi levado por um convidado. Na ocasião, ele se apresentou como empresário do setor farmacêutico", afirmou Weverton, em nota encaminhada ao jornal O Globo.

Pela influência no Congresso, Weverton integrou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à China no início do ano. No governo Dilma Rousseff, foi assessor de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho. Naquele período, Lupi deixou a pasta sob suspeitas de desvios de recursos, mas Weverton nega qualquer irregularidade.