Poder e Governo

Hugo Motta determina manutenção da escolta para Talíria Petrone após recurso

Deputada afirma ter sido surpreendida com a retirada da proteção e relata preocupação com a decisão

Agência O Globo - 13/12/2025
Hugo Motta determina manutenção da escolta para Talíria Petrone após recurso
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta - Foto: Acervo Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou a manutenção da escolta da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) até que haja uma decisão definitiva sobre o pedido de reconsideração apresentado pela parlamentar. A medida foi tomada após a suspensão temporária do serviço de proteção.

A suspensão da escolta ocorreu por meio de despacho assinado na última segunda-feira, fundamentado em parecer técnico do Departamento de Polícia Legislativa Federal (DPLF), emitido em 4 de dezembro. O documento levou em conta informações da Polícia Federal, da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público estadual, segundo as quais não haveria ameaças recorrentes nem risco atual à integridade física da deputada.

Diante da repercussão, Motta informou, por meio de sua assessoria, que está em contato com Talíria Petrone e que o caso será reavaliado à luz dos precedentes da Câmara e de novas informações apresentadas pela deputada. Enquanto não houver decisão final, a escolta será mantida.

Em publicação no X (antigo Twitter), Talíria relatou ter sido surpreendida com a retirada da proteção em uma semana de tensão na Casa. Segundo a deputada, ela tentou contato com o presidente da Câmara sem sucesso inicialmente, o que aumentou sua apreensão.

"Há pouco, recebi uma ligação do presidente da Casa informando que irá acolher o recurso referente à minha escolta, garantindo o retorno das condições para o exercício do mandato com segurança. Seguiremos mobilizados até que esta decisão seja revertida oficialmente", escreveu Talíria.

A suspensão da escolta foi formalizada por despacho da Presidência da Câmara, que faz referência ao Ato da Mesa nº 213/2025, norma que estabelece prazos e prevê revisão periódica do serviço de proteção. O documento afirma que a manutenção da escolta depende da persistência dos motivos que justificaram sua concessão, mas ressalta que a decisão não é definitiva e pode ser revista.