Poder e Governo
Datafolha: maioria vê tentativa de fuga de Bolsonaro ao danificar tornozeleira
Versão do ex-presidente tem maior apoio entre ricos e nas regiões Sul e Norte/Centro-Oeste
Pesquisa Datafolha realizada entre 2 e 4 de dezembro, com 2.002 eleitores em 113 municípios, revela que a maioria dos brasileiros acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) danificou a tornozeleira eletrônica que utilizava porque pretendia fugir. Segundo o levantamento, 54% dos entrevistados veem o episódio como tentativa de fuga, enquanto 33% afirmam acreditar na versão de Bolsonaro, que atribuiu o dano a um “surto paranoico”.
Outros 13% dos participantes não souberam responder. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Entre os jovens de 16 a 24 anos, a suspeita de fuga é ainda mais acentuada: 60% afirmam que o ex-presidente tentou escapar.
O recorte por renda mostra que a tese do surto encontra maior acolhida entre os mais ricos, grupo em que 40% dizem acreditar na explicação apresentada por Bolsonaro.
Já a análise regional destaca contrastes significativos. No Nordeste, 61% veem tentativa de fuga, o maior índice do país. Sul e Norte/Centro-Oeste apresentam os percentuais mais altos de adesão à versão do surto, ambos com 40%, acima da média nacional de 33%.
Prisão é considerada injusta por 40%
A prisão do ex-presidente foi considerada justa por 54% dos brasileiros, enquanto 40% discordam da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o Datafolha. Outros 6% não souberam ou não responderam.
O levantamento também questionou onde Bolsonaro deveria cumprir a pena, estipulada em 27 anos e três meses de prisão pela Corte. Para 34%, o ex-presidente deveria cumprir pena em casa. Já 26% defendem que ele vá para um presídio comum, 20% preferem uma unidade militar e 13% apontam a sede da Polícia Federal — onde Bolsonaro se encontra atualmente. Não souberam responder 7% dos entrevistados.
O Datafolha ainda aponta que 36% dos brasileiros se consideram bem informados sobre a prisão definitiva de Bolsonaro. O percentual é semelhante aos 37% que dizem ter conhecimento, mas se sentem mais ou menos informados. Outros 11% se consideram mal informados, e 16% afirmam sequer terem tomado conhecimento do caso.
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