Poder e Governo
Tarcísio critica falta de vontade do governo Lula na segurança pública
Durante evento do Cosud, governador de São Paulo afirma que segurança será tema central nas eleições de 2025
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou a "falta de vontade" do governo Lula (PT) em relação à segurança pública e afirmou que medidas federais só são propostas após "algum evento ou pesquisa". A declaração foi dada nesta sexta-feira (data), durante o encontro do Consórcio Sul e Sudeste (Cosud), realizado no Rio de Janeiro, que reuniu governadores das duas regiões. Tarcísio destacou ainda que o debate sobre segurança será "central" nas eleições do próximo ano.
Durante coletiva de imprensa após o evento, Tarcísio afirmou:
"Ao longo do tempo, a gente nota essa falta de vontade, competência e apreço pelo tema [segurança pública]. Isso não é de agora, e sim de muito tempo. Vamos lembrar que o PT governou o Brasil durante muitos anos dessa história recente de redemocratização e tem visto, de fato, com leniência. A reação do governo acontece sempre depois de algum evento ou de alguma pesquisa."
Questionado sobre o espaço que o tema terá nas eleições de 2025, o governador ressaltou que a segurança pública será "uma das principais preocupações dos cidadãos, que perguntam quem está apto a resolver esse problema".
Tarcísio chegou ao evento acompanhado do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que deixou o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo para reassumir sua cadeira na Câmara dos Deputados e relatar o Projeto de Lei Antifacção. Derrite comentou, em discurso, que retirou do texto o trecho que equiparava traficantes a terroristas devido à "repercussão ruim", o que poderia ameaçar a tramitação da proposta no Senado e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Sobre o relatório apresentado pelo senador Alessandro Vieira (MDB), que incluiu mudanças elogiadas pelo governo federal, Tarcísio declarou:
"Eu tenho certeza que os 370 deputados que votaram a favor do projeto não vão aceitar a redução de penas, porque o povo não aguenta mais. Infelizmente, o governo federal não enxerga como a maior parte da sociedade gostaria que o Estado enxergasse. Eles tratam o bandido como 'coitadinho' e vítima da sociedade, e nós sabemos que não é."
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