O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi levado, nesta terça-feira (data), para o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, localizado dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. A unidade, conhecida como "Papudinha", passa a ser o local de custódia do ex-ministro.

Torres recebeu a intimação sobre o trânsito em julgado do processo referente à tentativa de golpe de Estado enquanto estava acompanhado de seu advogado. Após a decisão, foi escoltado até o batalhão, conforme informou sua defesa. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, nesta terça-feira, que não cabem mais recursos e autorizou a execução das penas.

Delegado de carreira da Polícia Federal, Anderson Torres foi condenado pela Primeira Turma do STF, em 11 de setembro, a 24 anos de prisão pela tentativa de golpe ocorrida no fim de 2022. No mesmo julgamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu pena de 27 anos e três meses de prisão. Outros seis réus também foram considerados culpados, com penas que variam entre dois e 26 anos de reclusão.

Torres foi sentenciado pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A defesa do ex-ministro informou que pretende apresentar, até a próxima semana, embargos infringentes — recurso destinado à reavaliação de decisões não unânimes. Os advogados também adiantaram o pedido para definição do local de cumprimento da pena, caso o relator, ministro Alexandre de Moraes, autorize o início da execução antes da análise do recurso.