A vigília evangélica convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para orar pela saúde de Jair Bolsonaro terminou em tumulto após um homem se manifestar publicamente a favor da prisão do ex-presidente.

Ismael Lopes, de 34 anos, pediu para discursar e foi chamado ao palco por Flávio Bolsonaro por volta das 20h15. Ao lado do senador, Lopes leu uma passagem bíblica afirmando que "quem cava covas, por elas será engolido". Em seguida, defendeu que Bolsonaro fosse condenado por suas ações durante a pandemia de Covid-19.

Logo após o discurso, Lopes saiu correndo e foi perseguido e agredido por simpatizantes de Bolsonaro. A Polícia Militar interveio utilizando spray de pimenta para conter os agressores e, em seguida, escoltou Lopes até um carro de aplicativo.

O manifestante recebeu socos e pontapés, além de ter uma das mangas da camisa social rasgada. Flávio Bolsonaro chegou a pedir aos presentes que não agredissem Lopes, mas foi ignorado.

Lopes afirma ser membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, grupo que também organiza eventos com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, junto a evangélicos.

Apesar de não ser pastor, Lopes diz que não agiu em uma ação coordenada pela Frente, mas informou lideranças do movimento sobre sua intenção de discursar no evento bolsonarista.

Para ter acesso ao microfone, Lopes se apresentou como representante de um movimento evangélico com atuação em 19 estados.