Poder e Governo

Discussões, música e buzinaço marcam prisão de Bolsonaro na sede da Polícia Federal

Apoiadores do presidente Lula comemoram com rojão e espumante; grupo pró-Bolsonaro é minoria e há princípio de confusão

Agência O Globo - 22/11/2025
Discussões, música e buzinaço marcam prisão de Bolsonaro na sede da Polícia Federal
- Foto: Reprodução / Agência Brasil

A manhã foi marcada por manifestações em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF), em meio à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde cedo, veículos que passavam pelo local buzinavam, a maioria em apoio à decisão judicial. Alguns motoristas, no entanto, aproveitaram para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os primeiros manifestantes estava o músico Fabiano Trompetista, militante do PT conhecido por tocar em atos políticos. Ele subiu em um banco e executou a Marcha Fúnebre e a canção "Tá na Hora do Jair", que ganhou destaque após as eleições de 2022.

Na sequência, mais apoiadores de Lula chegaram ao local, em maior número. O grupo soltou rojão e estourou uma garrafa de espumante em comemoração. Simpatizantes de Bolsonaro, em menor quantidade, também compareceram e houve um princípio de confusão entre os dois lados.

O deputado Hélio Lopes (PL-RJ) esteve na superintendência logo após a chegada de Bolsonaro. Ele acompanhava o ex-presidente em frente ao condomínio para orar e presenciou o comboio da PF. Mais tarde, a deputada Bia Kicis (PL-DF) também foi ao local para tentar visitar Bolsonaro, mas não teve acesso autorizado.

Entenda o caso

Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (data) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo o magistrado, havia risco de fuga e não estavam mantidas as condições para a prisão domiciliar.

A prisão preventiva não está relacionada à execução da condenação pela tentativa de golpe de Estado. No caso da trama golpista, a decisão ainda não transitou em julgado, ou seja, ainda há prazo para apresentação de recursos.