Poder e Governo
Michelle não estava em casa quando Bolsonaro foi preso
Ex-primeira-dama se pronuncia nas redes com trecho bíblico: 'Não vamos desistir da nossa nação'
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro estava fora de Brasília na manhã deste sábado, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Michelle viajou a Fortaleza, no Ceará, onde lideraria um encontro regional do PL Mulher, movimento feminino do partido no qual atua como presidente nacional.
Após a prisão do marido, Michelle anunciou que a agenda do evento seria assumida pela vice-presidente da organização, a deputada federal Rosana Valle (PL-SP).
Em resposta à prisão de Bolsonaro, Michelle publicou uma mensagem nos stories de seu perfil no Instagram: "Nós não vamos desistir da nossa nação", escreveu. Ela afirmou confiar na Justiça de Deus e declarou estar confiante de que "o Senhor dará o Escape, assim como fez em 2018, quando ele foi vítima de uma facada, planejada para matá-lo, por um ex-militante psolista". A mensagem termina com uma citação bíblica e agradecimento pelas orações dos apoiadores.
Pouco antes, logo após o anúncio da prisão, Michelle já havia compartilhado nos stories uma mensagem religiosa, com a íntegra de um salmo que trata de proteção, vigilância divina e amparo em momentos de dificuldade.
A prisão de Jair Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar apoiadores para uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, à medida que se aproximava o prazo para o cumprimento de sua condenação na trama golpista. Pelas redes sociais, aliados do ex-presidente saíram em sua defesa e criticaram a decisão de Moraes.
Repercussão
Entre os que se manifestaram, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), defendeu Bolsonaro em publicação no X: "Ele nunca roubou ninguém, diminuiu impostos para todos os brasileiros e aumentou a arrecadação, entregou o comando do país, mesmo tendo um presidente do TSE totalmente tendencioso; a prisão de Bolsonaro é a maior perseguição política da história do Brasil!"
Já a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) afirmou que "o maior líder que a direita já teve, homem que não cometeu crime algum, foi submetido a um processo absolutamente nulo e agora é levado à prisão".
Aliados também criticaram o motivo do mandado de prisão, relacionado à convocação da vigília. "Bolsonaro foi preso porque o filho convocou um momento de oração?", questionou o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS). "Qual a ameaça à ordem pública de um ato de oração pela vida de um idoso com a saúde debilitada?", acrescentou o deputado Carlos Jordy (RJ) em postagem no X.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) também se manifestou, afirmando que Bolsonaro "não constitui uma ameaça à ordem pública e sua transferência para a PF mostra claramente que o arbítrio e a perseguição não têm fim".
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados