Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tendem a manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, avaliada pela Primeira Turma da Corte em plenário virtual a partir desta segunda-feira. A medida, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, é vista como necessária por integrantes do tribunal, que apontam a clara possibilidade de fuga do ex-presidente.

De acordo com magistrados ouvidos pelo jornal O Globo, a decisão de Moraes seguiu o previsto no Código de Processo Penal e buscou evitar uma eventual fuga de Bolsonaro, que estava cumprindo prisão domiciliar. Um dos ministros destacou que, em situações semelhantes, qualquer pessoa condenada que tivesse uma vigília convocada em frente à sua residência despertaria alerta das autoridades quanto ao risco de evasão.

Na decisão, Moraes também registrou uma tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica por parte de Bolsonaro, ocorrida às 0h08 deste sábado.

No mesmo dia, o ministro determinou a prisão preventiva do ex-presidente, que foi conduzido à sede da Polícia Federal. O pedido foi feito pela corporação, após avaliação do risco de fuga diante da vigília organizada por Flávio Bolsonaro em frente à casa do pai.

Vale ressaltar que a prisão preventiva decretada não está relacionada à execução da pena de 27 anos e três meses imposta a Bolsonaro em setembro, pela tentativa de golpe de Estado, mas sim à prevenção de uma possível fuga.