Poder e Governo
Após indicação de Messias ao STF, Lula deve nomear mulher para vaga na AGU; conheça as principais cotadas
Caso a escolha se confirme, governo terá 11 ministras entre as 39 pastas do Executivo
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acreditam que ele deve escolher uma mulher para a vaga atualmente ocupada por Jorge Messias na Advocacia-Geral da União (AGU), após a indicação do ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão seria uma resposta às críticas pela ausência de uma mulher na indicação para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no STF.
Atualmente, o Supremo conta com apenas uma ministra, Cármen Lúcia, nomeada por Lula em 2006. Rosa Weber, que também integrava a Corte, aposentou-se em 2023, sendo substituída por Flávio Dino.
Entre os nomes mais cotados para assumir o comando da AGU estão Analize Almeida, procuradora-geral da Fazenda Nacional; Isadora Cartaxo de Arruda, secretária-geral de Contencioso; e Adriana Venturini, procuradora-geral federal. Todas ocupam cargos de destaque na estrutura da AGU sob a gestão de Messias.
Se Lula confirmar a indicação de uma mulher, o governo passará a contar com 11 ministras entre as 39 pastas ministeriais.
Caso opte por não nomear uma mulher, o principal cotado é Flávio Roman, atual número dois da AGU.
Quem é Jorge Messias?
Servidor público de carreira, Messias atuou como procurador do Banco Central e da Fazenda Nacional. Participou do movimento sindical das carreiras da AGU e exerceu funções no Ministério da Educação, durante a gestão de Aloizio Mercadante, aproximando-se de dirigentes do PT.
No governo Dilma Rousseff, foi subchefe de Assuntos Jurídicos e esteve ao lado da ex-presidente em um dos períodos mais delicados para o PT no Palácio do Planalto. Ganhou notoriedade nacional após uma interceptação telefônica divulgada na Operação Lava Jato, em março de 2016, quando Dilma informou a Lula que enviaria, por meio de “Bessias”, um termo de posse para que ele assinasse e assumisse o Ministério da Casa Civil. A gravação foi considerada ilegal pelo STF, pois ocorreu após ordem judicial para interrupção das escutas.
Messias e Dilma mantiveram uma relação próxima. A ex-presidente esteve presente na posse de Messias como ministro da AGU, em 2023, e em eventos familiares. Em 2019, ele trabalhou no gabinete do senador Jaques Wagner (PT-BA). Com a eleição de Lula em 2022, Messias ganhou destaque na equipe de transição, coordenando o grupo de Transparência, Integridade e Controle.
No atual governo, Messias construiu relações próximas com a ministra da Gestão, Esther Dweck, e com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Também conta com o apoio dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
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