Poder e Governo

Renato Freitas, deputado do PT, se envolve em briga de rua em Curitiba; caso vai ao Conselho de Ética

Parlamentar afirma ter sido alvo de discriminação e humilhação, alegando legítima defesa; nome do outro envolvido não foi divulgado

Agência O Globo - 20/11/2025
Renato Freitas, deputado do PT, se envolve em briga de rua em Curitiba; caso vai ao Conselho de Ética
Renato Freitas, deputado do PT - Foto: Reprodução / Agência Brasil

O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) afirmou ter agido em legítima defesa ao trocar socos com outro homem em uma rua de Curitiba, nesta quarta-feira (19). As imagens do confronto circularam amplamente nas redes sociais, levando a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) a anunciar que o caso será analisado pelo Conselho de Ética da Casa em até 90 dias.

Nas imagens, Freitas, vestindo camisa amarela, discute com um homem de preto, cuja identidade não foi revelada. O deputado pede que o homem se afaste, mas, diante da aproximação, empurra o indivíduo e acaba sendo atingido no rosto. Em seguida, o parlamentar desfere dois chutes na perna do homem, que revida com um soco no rosto do deputado.

Até o momento, o motivo da briga não foi esclarecido. A assessoria de Freitas informou que ele reagiu a agressões verbais de cunho racista e ideológico, além de perseguição. Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado declarou que entrou na briga pelo mesmo motivo que o fazia reagir quando era criança: “humilhação, racismo, injúria, violência, agressão”.

“Eu não aprendi a baixar a cabeça. Não me orgulho de estar brigando na rua, jamais. Você que está me assistindo, não inveje o homem violento, e nem siga nenhum dos seus caminhos. Mas o fato é que hoje eu estava com a minha amiga, também negra, nós dois atravessando uma rua, e o cara tocou o carro em cima de nós para dar um choque, para mostrar que ele tem um carro, que ele tem poder ou sei lá o quê”, relatou o parlamentar.

O episódio repercutiu entre adversários políticos de Renato Freitas, como integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que usaram o caso para provocação. Por outro lado, apoiadores do deputado compartilharam as imagens e saíram em sua defesa.