Poder e Governo
Após conversa com Pacheco, Lula indica que anúncio de Messias ao STF pode sair antes de viagem
Previsão é que presidente embarque para reunião do G20 na quinta-feira
Após reunião realizada na noite de segunda-feira com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a aliados que deve anunciar nos próximos dias a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).
No governo, a expectativa é de que o anúncio ocorra já nesta quinta-feira, antes de Lula embarcar para a África do Sul, onde participará da cúpula do G20.
Nesta quarta-feira, Lula cumpre agenda em Belém, com reuniões voltadas à organização da COP30. O presidente retorna a Brasília à noite. Na quinta-feira, permanece pela manhã na capital federal e, à tarde, segue para São Paulo, onde participará da cerimônia de abertura do Salão do Automóvel. De lá, embarca direto para a África do Sul, com retorno ao Brasil previsto apenas para a terça-feira seguinte. O roteiro internacional inclui ainda uma visita a Moçambique.
Lula recebeu Pacheco no Palácio do Planalto. Embora o senador seja o preferido de seus colegas para a vaga no STF, aliados afirmam que o presidente demonstrou preferência por Messias durante o encontro.
Segundo interlocutores, Lula teria reservado a Pacheco a possibilidade de disputar o governo de Minas Gerais, mas o senador reiterou a intenção de encerrar sua carreira política ao fim do atual mandato, em 2026.
Para auxiliares do presidente, caso Pacheco tivesse aceitado a candidatura ao governo mineiro, isso indicaria aos demais senadores — que defendem seu nome para o Supremo — um cenário de consenso com o Planalto. Como não houve acordo, o governo avalia que a resistência à indicação de Messias pode se intensificar.
Se confirmado, o nome de Jorge Messias precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, em seguida, ser aprovado por pelo menos 41 parlamentares no plenário.
Na semana passada, a votação apertada para a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, no Senado, acendeu um sinal de alerta no governo. Gonet foi aprovado para novo mandato à frente da PGR por 45 votos a 26 — o placar mais apertado desde a redemocratização.
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