Poder e Governo

CPI do INSS ouve advogada que afirmou ter alertado ex-ministro da Previdência sobre fraudes

Tônia Galleti é ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social; ex-presidente de associação investigada também será ouvido

Agência O Globo - 20/10/2025
CPI do INSS ouve advogada que afirmou ter alertado ex-ministro da Previdência sobre fraudes
- Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

A CPI do INSS ouve nesta segunda-feira a advogada Tônia Galleti, ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), que sobre o problema dos descontos indevidos dos aposentados logo depois de sua posse na pasta, em janeiro de 2023.

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Na reunião, Lupi, que estava acompanhado de assessores, prometeu investigar o que estava acontecendo, mas nada foi feito, segundo a advogada.

Em um dos requerimentos de convocação, do senador Izalci Lucas (PL-DF), o parlamentar diz que Galleti "tentou formalmente pautar a discussão sobre a proliferação de fraudes e a necessidade urgente de regulamentação dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados com associações e sindicatos". 

Ainda de acordo com o parlamentar, a ação dela "representava uma oportunidade ímpar de estancar a hemorragia" no INSS. 

"O testemunho da senhora Tonia Galleti é fundamental para que esta Comissão Parlamentar de Inquérito possa mapear com precisão a cronologia da ciência dos fatos pelas mais altas autoridades da Previdência Social, bem como as articulações políticas que resultaram na manutenção de um ambiente regulatório frouxo e propício aos crimes investigados" registrou o senador.

Também nesta segunda-feira, a comissão ouve Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da associação Amar Brasil, uma das entidades investigadas de participar no esquema bilionário de fraude contra aposentados.

Em um dos requerimentos que tratam da convocação de Gomes, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) registra que a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, "revelou um sofisticado esquema criminoso envolvendo entidades de classe, lobistas e servidores".

"As investigações apontam para o uso de mecanismos ilegais, como a chamada biometria paralela, que viabilizou descontos indevidos em benefícios previdenciários, bem como a captura irregular de dados pessoais dos segurados".