Poder e Governo
Prefeitura de Porto Alegre abre inquérito para apurar tumulto que terminou com vereadores feridos
Presidente da Câmara Municipal, a vereadora Comandante Nádia disse que intervenção da Guarda Municipal foi necessária

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), anunciou a abertura de um inquérito para apurar um confronto entre integrantes da Guarda Municipal e manifestantes no lado de fora da Câmara de Vereadores da capital gaúcha. O episódio, ocorrido nesta quarta-feira, chegou a deixar vereadores feridos, que denunciaram nas redes terem sido atingidos por disparos de balas de borracha e spray de pimenta.
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"O procedimento deverá averiguar todos os elementos que contribuíram para o ocorrido, incluindo as imagens de câmeras corporais dos agentes de segurança", escreveu Melo no X, antigo Twitter, ao comunicar a abertura do inquérito na Secretaria Municipal de Segurança.
Os manifestantes protestavam contra dois projetos em votação. Um deles trata da concessão do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) à iniciativa privada, enquanto outro restringe a atuação dos catadores na capital. A presidente da Câmara, a vereadora Comandante Nádia (PP), acionou um protocolo de segurança que restringiu a entrada de pessoas no plenário da casa.
Segundo uma nota divulgada pela oposição, os vereadores negociavam para permitir a entrada dos manifestantes dentro da Câmara dos Vereadores para que eles pudessem se proteger do calor. Eles afirmam que, em seguida, a Guarda Municipal foi acionada e lançou bombas de gás contra os manifestantes, parlamentares e funcionários da casa.
O vereador Erick Dênil (PCdoB) relatou ter sido atingido por balas de borracha na perna e compartilhou imagens dos ferimentos no Instagram. Também nas redes, o deputado estadual Miguel Rossetto (PT) mostrou perfurações no terno causadas pelos disparos. A vereadora Atena Roveda (Psol) disse ter sido atingida com spray de pimenta no rosto, estilhaços de bombas e balas de borracha na perna, tendo sido levada ao Hospital Pronto Socorro.
Os vereadores Giovani Culau (PCdoB), Grazi Oliveira (Psol) e Natasha Ferreira (PT) também relataram terem sofrido agressões.
A vereadora Comandante Nádia publicou um vídeo no qual lamenta o ocorrido e diz que a guarda municipal foi acionada para garantir a ordem durante a votação.
— Por questão de segurança foi necessária, sim, a intervenção da guarda municipal para garantir a integridade dos vereadores, dos assessores, da própria imprensa — diz a vereadora na gravação, publicada no Instagram — O parlamento, é importante dizer isso, é um espaço legítimo de debate, de divergências, mas jamais de desordem ou de desrespeito a qualquer tipo de regra.
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