Internacional
Casa de Mussolini no norte da Itália será leiloada
Objetivo é transformar o local em espaço cultural permanente

A casa que pertenceu ao ditador fascista Benito Mussolini em Riccione, no norte da Itália, será leiloada e pode se tornar um espaço cultural permanente na cidade.
Conhecido como "Villa Mussolini", o imóvel pertence à Fundação Carim, entidade ligada a um antigo banco de Rimini e que decidiu abrir uma licitação para vendê-lo pela melhor oferta.
O prazo para manifestação de interesse foi fixado em 30 de outubro, enquanto as propostas deverão ser apresentadas até 22 de dezembro, com o leilão marcado para 30 de janeiro.
A Prefeitura de Riccione, cidade de 34 mil habitantes na província de Rimini, já indicou que pretende fazer uma oferta e aproveitar a casa de Mussolini como centro cultural.
"O objetivo é disponibilizar para a cidade novos espaços de cultura e socialização, para benefício de nossos cidadãos e visitantes", declarou o secretário municipal de Patrimônio, Alessandro Nicolardi.
A administração local, comandada pela prefeita de centro-esquerda Daniela Angelini, argumenta que a aquisição da Villa Mussolini contribuiria para ampliar e qualificar a oferta cultural da cidade, porém a deputada Beatriz Colombo, que é da região e pertence ao partido de direita Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, pediu que o nome da residência seja mantido.
"Espero que a administração municipal não pretenda curvar a realidade histórica da casa diante da chamada 'cultura do cancelamento', descaracterizando sua identidade ou cogitando uma inútil mudança de nome", disse.
A parlamentar propôs a criação no imóvel de um "Museu de Riccione e da Romagna do Século 20", para transformar um "símbolo histórico em um lugar vivo de memória e cultura".
Construída no fim do século 19, a Villa Mussolini foi a residência de verão do ditador, de sua esposa, Rachele Guidi, e de seus filhos entre 1934 e 1943.
Depois da queda do fascismo, se tornou propriedade do Estado e, entre 1966 e 1983, abrigou um restaurante.
Em 1997, a casa foi comprada pela Fundação Carim e entregue em comodato à Prefeitura, que a aproveitou como sede de mostras e eventos.
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