Internacional
Papa ordena novo bispo chinês como parte de acordo com Pequim
Tratado assinado por falecido Francisco é alvo de críticas
O Vaticano anunciou nesta quarta-feira (15) a ordenação episcopal de dom Ignazio Wu Jianlin, auxiliar de Xangai, como resultado do acordo assinado com a China durante o pontificado do falecido papa Francisco e renovado até 2028.
Segundo comunicado da Santa Sé, Leão XIV nomeou o segundo bispo no país asiático no último dia 11 de agosto, "após aprovar sua candidatura no âmbito do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China".
Nascido em 27 de janeiro de 1970, Ignazio Wu Jianlin estudou filosofia e teologia no Seminário de Sheshan, na Diocese de Xangai, e foi ordenado sacerdote em 22 de dezembro de 1997.
O religioso chinês foi nomeado diretor espiritual do mesmo seminário e pároco assistente da Paróquia de Zhongshan. De 2013 a 2023, contribuiu para a gestão da diocese durante o período de sede vacante e, posteriormente, atuou como vigário geral, informou o Vaticano.
O anúncio é feito após Leão XIV ter nomeado Joseph Lin Yuntuan como bispo auxiliar de Fuzhou, em 5 de junho, indicando sua vontade de dar sequência ao tratado implementado por Jorge Bergoglio, alvo de críticas da ala mais conservadora do clero por submeter a Igreja Católica às autoridades políticas chinesas.
O acordo bilateral está em vigor desde 2018, e seus termos exatos permanecem em sigilo, mas sabe-se que ele permitiu à Santa Sé recuperar um papel ativo na indicação de bispos chineses, que até então eram escolhidos à revelia do Papa.
Os dois países romperam relações diplomáticas em 1951, quando o Vaticano reconheceu a independência de Taiwan, que ainda é visto por Pequim como uma "província rebelde". Durante décadas, católicos chineses viveram divididos entre uma conferência de bispos escolhida pelo Partido Comunista e um braço da Igreja Apostólica Romana que atuava na clandestinidade.
O acordo de 2018 já levou à nomeação de diversos bispos em comum acordo entre China e Vaticano, mas é alvo de críticas por não dar à Igreja a mesma autonomia que ela possui nos outros países.
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