Internacional
'Cacio e pepe perfeito' ganha 'Nobel' da ciência inusitada
IgNobel premiou pesquisadores italianos na categoria 'Física'

Jovens físicos italianos estão entre os vencedores do IgNobel 2025, paródia do Nobel criada para premiar estudos inusitados nos mais diversos campos da ciência, com uma receita de macarrão "cacio e pepe" à prova de grumos.
A pesquisa foi publicada em uma revista científica de renome internacional, a Physics of Fluids, por Davide Revignas e Daniel Maria Busiello, da Universidade de Pádua, na Itália; Giacomo Bartolucci, da Universidade de Barcelona, na Espanha; Fabrizio Olmeda, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Áustria; e Matteo Ciarchi, Ivan Di Terlizzi, Vincenzo Maria Schimmenti e Alberto Corticelli, do Instituto Max Planck de Dresden, na Alemanha.
O grupo foi laureado com o IgNobel de Física em uma cerimônia na Universidade de Boston, nos Estados Unidos, organizada pela revista de humor científico Annals of Improbable Research, ou, em português, "Anais das Pesquisas Improváveis".
De acordo com os responsáveis pela premiação, os italianos foram escolhidos por conta de suas "descobertas na física de molhos para macarrão", sobretudo o "cacio e pepe", uma das receitas mais tradicionais da gastronomia do "Belpaese" e que leva apenas três ingredientes: massa, queijo pecorino romano e pimenta-do-reino.
Apesar de aparentemente simples, o preparo exige atenção para evitar a formação de grumos que podem deixar o molho empelotado.

Segundo os italianos, o estudo foi motivado pelo desejo de aprimorar seus conhecimentos em física de fluidos, mas também pelo "objetivo prático de evitar o desperdício de um bom queijo pecorino".
A conclusão do trabalho é que, para prevenir os grumos, basta adicionar cerca de 2,5% de amido de milho ou de batata em relação ao peso total do queijo utilizado na receita. O ingrediente deve ser dissolvido em água, aquecido até virar um gel e depois resfriado, para aí sim ser acrescentado ao pecorino.
"Vocês podem pensar que este trabalho confirma todos os estereótipos sobre os italianos, como o de que só pensamos em comida, mas isso não é verdade", disse um dos pesquisadores na cerimônia, usando um bigode falso e um chapéu gigante de chef.
Entre os premiados com o IgNobel em 2025 também estão um médico americano que monitorou por 35 anos o crescimento da unha do polegar (categoria "Literatura"), um grupo de pesquisa japonês que pintou listras de zebras em vacas para evitar picadas de insetos ("Biologia") e um estudo de alemães, holandeses e britânicos que demonstrou como beber álcool — moderadamente — pode ajudar a falar outros idiomas ("Paz").
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