Internacional
UE mira gás russo em 19º pacote de sanções
Bloco quer antecipar proibição de importação do produto

Comissão Europeia anunciou nesta sexta-feira (19) que apresentou o 19º pacote de sanções contra a Rússia para aprovação dos Estados-membros, em um esforço para aumentar a pressão sobre Moscou em relação à guerra na Ucrânia.
Segundo as primeiras informações, a UE pretende antecipar a proibição de importação do gás russo para 1º de janeiro de 2027, ao contrário da medida anterior que previa a interrupção gradual até o fim daquele ano. Além disso, o bloco também mira o sistema nacional de cartões de crédito russo (MIR), o de pagamento rápido (SBP) e a proibição total de transações em criptomoedas, seja na prestação de serviços de criptoativos como na emissão da moeda eletrônica a cidadãos russos. Também se incluem o bloqueio total a transações com outros bancos na Rússia e nos seguintes países próximos ao governo de Vladimir Putin: Cazaquistão, Bielorrússia, Quirguistão e Tadjiquistão.
"Peço a todos os Estados-membros para aprovarem rapidamente estas novas sanções. Queremos que a Rússia deixe o campo de batalha e se sente à mesa para negociar [o cessar-fogo]. Este é o modo para dar uma real possibilidade de paz [na Ucrânia]", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que após conversar durante a semana com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o bloco querer acelerar "a eliminação gradual das importações de fósseis russos".
Como a UE já proibiu a maior parte do petróleo russo — reduzindo a participação das importações de 29% no início de 2021 para 2% em meados de 2025 — espera-se que as novas medidas se concentrem nas importações de gás. Apesar dos esforços para acabar com décadas de dependência europeia desse produto, a Rússia ainda forneceu 19% do gás da UE em 2024 — uma queda em relação aos 45% de antes da guerra.
A alta representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, destacou nesta sexta que "apesar de semanas de esforços diplomáticos, a Rússia só aumenta sua agressão" na Ucrânia "e agora viola as fronteiras da UE".
Segundo ela, "privar Moscou dos meios para travar a guerra é essencial para pôr fim a este conflito e proteger a segurança do nosso continente".
"A agressão da Rússia não pode continuar sem controle", concluiu Kallas.
As 18 rodadas de sanções europeias impostas desde que Moscou invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 incluíram diversas penalidades, desde congelamento de ativos até a proibição quase total da importação de petróleo russo.
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