O relatório de Direitos Humanos do Departamento de Estado dos EUA sobre 2024, preparado pela administração do presidente Donald Trump, não critica os aliados dos EUA, como Israel e El Salvador, relata a agência Reuters.

A agência destaca que o relatório critica o Reino Unido, a França e a Alemanha por restringirem a liberdade de expressão na Internet, acusa a China de "genocídio" dos uigures e lança críticas contra o Brasil, a África do Sul, os criticando pelas restrições contra as forças políticas de direita.

"O Departamento de Estado dos EUA soou um alarme sobre a erosão da liberdade de expressão na Europa e aumentou as críticas ao Brasil e à África do Sul, com os quais Washington entrou em confronto em uma série de questões", ressalta a publicação.

Segundo o artigo, a seção sobre Israel não mencionou a crise humanitária em Gaza, apesar do alto número de vítimas.

Além disso, aponta a agência, o histórico de El Salvador é descrito como limpo, apesar de relatos anteriores de violações.

Vale observar que a administração Trump se afastou da tradicional promoção da democracia e dos Direitos Humanos pelos EUA, vendo-a como interferência nos assuntos de outros países.

"O relatório deste ano foi preparado após uma grande reformulação por parte do departamento, incluindo a demissão de centenas de pessoas, muitas do Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho da agência, que assume a liderança na redação do relatório", finaliza o artigo.