Internacional
Tecnocracia, tropas internacionais e dois Estados: mídia revela plano secreto de Londres para Gaza
Durante seis meses, as autoridades britânicas estavam desenvolvendo secretamente um plano para resolver a questão palestina-israelense, escreve o jornal estadunidense The New York Times.
O jornal destaca que Jonathan Powell, conselheiro de segurança do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, já compartilhou esse plano com os aliados de Londres.
"Uma parte fundamental do esforço diplomático foi um plano de oito pontos desenvolvido silenciosamente pelas autoridades britânicas nos últimos seis meses e divulgado entre os europeus em 29 de julho por Jonathan Powell", ressalta a publicação.
Vale sublinhar que Powell começou a distribuir o plano britânico aos aliados um dia antes da conferência de Nova York sobre a resolução do problema palestino-israelense, que ocorreu em 30 de julho.
Representantes anônimos das autoridades europeias disseram ao jornal que o plano pedia a criação de um governo palestino tecnocrático em Gaza, ligado à Autoridade Palestina reformada, bem como forças de segurança internacionais.
Além disso, segundo os interlocutores do jornal, o plano também mencionou a retirada completa das tropas israelenses, o monitoramento liderado pelos Estados Unidos do cessar-fogo e, em última instância, a criação de dois Estados independentes.
Em 30 de julho, foi realizada em Nova York a Conferência Internacional sobre a resolução pacífica do conflito palestino-israelense, sob a presidência conjunta da Arábia Saudita e da França, na qual as partes reafirmaram seu compromisso com a solução de dois Estados e o fim da guerra na Faixa de Gaza.
A França anunciou que vai reconhecer o Estado da Palestina na reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro, e Londres anunciou a possibilidade de reconhecimento na ausência de um cessar-fogo por parte de Israel.
A Rússia, por sua vez, apoia um acordo baseado na fórmula do Conselho de Segurança da ONU com a criação de um Estado Palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.
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