Internacional
Alta no desemprego dos EUA baixa dólar para R$ 5,54
O dólar iniciou agosto em queda acentuada após a divulgação de números decepcionantes sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Já a bolsa brasileira continuou em baixa, refletindo o mau desempenho dos mercados internacionais, e fechou o dia em 132 mil pontos.
Nesta sexta-feira (1º), o dólar comercial terminou cotado a R$ 5,545, com uma desvalorização de R$ 0,056, ou 1,01%. No começo do pregão, a moeda chegou a R$ 5,62, influenciada inicialmente por anúncios de novas tarifas do governo Trump contra vários países, mas perdeu força com a divulgação dos dados do emprego norte-americano.
Por volta das 10h30, a moeda atingiu a mínima do dia, cotada a R$ 5,53. Em 2025, o dólar acumula queda de 10,27%.
Enquanto isso, o mercado acionário passou por um dia instável. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 132.437 pontos, com baixa de 0,48%. A queda foi puxada tanto por tensões comerciais com os EUA quanto pelo desempenho fraco das bolsas ao redor do mundo.
Nos EUA, foram criadas apenas 73 mil vagas formais em julho, e a taxa de desemprego subiu para 4,2%, o que elevou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, possa reduzir os juros já em setembro. Reduções nas taxas de juros em economias desenvolvidas tendem a provocar a saída de capitais de países emergentes.
A renúncia de uma diretora regional do Fed e a demissão da chefe do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA também contribuíram para a desvalorização do dólar. Com essas mudanças, aliados do presidente Donald Trump devem ocupar os cargos, o que aumenta a pressão por cortes nas taxas de juros.
Na B3, rumores de que o governo Trump poderá aplicar sanções contra bancos ligados ao ministro do STF Alexandre de Moraes, como relatado pelo jornal O Globo, impactaram negativamente o Banco do Brasil. As ações ordinárias da instituição, que garantem direito a voto, caíram 6,85% no dia.
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