Países da União Europeia (UE), cada vez mais estão prontos para reconhecer a Palestina, e o governo espera que vários outros países o façam no final de julho, disse à Sputnik Salah Abdel Shafi, embaixador palestino na Áustria e observador permanente das Nações Unidas em Viena.

"Há sinais de que mais países tomarão essa medida. Como sabem, no final deste mês, em 28 de julho, será realizada uma conferência em Nova York, presidida pela França e pela Arábia Saudita. O objetivo da conferência é promover a solução de dois Estados", comentou o diplomata.

Nesta quinta-feira (24), o presidente francês Emmanuel Macron confirmou que Paris reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina em uma reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro.

Segundo Shafi, o gesto do líder francês é um passo muito importante. "Essa opinião é compartilhada pela Bélgica e outros países europeus. Portanto, estamos confiantes de que, seja na conferência ou como resultado dela, que cada vez mais países europeus reconheçam o Estado da Palestina".

EUA condena reconhecimento da Palestina feito pela França

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que os Estados Unidos rejeitam veementemente a decisão "imprudente" do presidente francês Emmanuel Macron de reconhecer o Estado da Palestina.

"Os Estados Unidos rejeitam veementemente o plano de Emmanuel Macron de reconhecer um Estado palestino na Assembleia Geral da ONU. Esta decisão imprudente serve apenas à propaganda do Hamas e prejudica a paz. É um tapa na cara das vítimas de 7 de outubro", disse Rubio em publicação no X.

O Estado da Palestina é reconhecido por 147 países, dos quais os EUA não fazem parte. Em 2024, Washington vetou a adesão plena da Palestina às Nações Unidas.