A entrega dos sistemas Patriot à Ucrânia após um acordo de compra com os Estados Unidos levará meses, disse o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, após reunião com o chefe do Pentágono, Pete Hegseth.

"Está claro que a Ucrânia realmente precisa deles [sistemas Patriot], e nós já vimos isso. Mas não tenham ilusões. O sistema Patriot, sobre o qual estamos falando hoje, que deveria ser enviado à Ucrânia, levará meses para ser entregue. E levará mais dias ou semanas até que uma decisão seja tomada. Mas, depois disso, tudo será rápido", disse Pistorius a repórteres.

O ministro observou que as partes decidiram não divulgar o número de sistemas fornecidos, visto que ainda estavam em andamento discussões sobre o que exatamente seria incluído em cada unidade, em termos de características técnicas e número de mísseis. Ele estimou o custo de uma bateria em aproximadamente US$ 1 bilhão.

Anteriormente, Pistorius afirmou, em entrevista ao jornal Financial Times, que a questão de um roteiro para garantir a segurança da Europa pelos Estados Unidos seria discutida durante a reunião. Segundo o titular da Defesa, os ministros também tratariam da venda de dois sistemas Patriot pelos Estados Unidos para a Alemanha, destinados à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para a Rússia. O Kremlin enfatizou que o fornecimento de armas ocidentais a Kiev não contribuiria para o sucesso das negociações russo-ucranianas e teria um efeito negativo.

Envio de armas

No início desta segunda-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país enviará mais armas à Ucrânia, em um investimento que será totalmente atribuído aos cofres dos países da Europa.

Ainda segundo Trump, que fez o pronunciamento ao lado do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, em Washington, serão enviados sistemas de mísseis Patriot novos e haverá transferência desse modelo de armamento de outros países da aliança militar para a Ucrânia.

Por Sputinik Brasil