O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, confirmou nesta quarta-feira (2) seu "total compromisso com o fim das operações militares na Faixa de Gaza o mais breve possível".

"A mediação dos Estados Unidos, Egito e Catar deve ser bem-sucedida; a Itália fará o que for necessário no G7 e na União Europeia para apoiá-la. A possibilidade de um cessar-fogo inicial de 60 dias é um passo decisivo que não pode ser desperdiçado", declarou o político após conversas telefônicas com seus homólogos do Canadá, do Catar e do Egito.

Em sua declaração, Tajani pediu a interrupção dos ataques contra civis no enclave palestino, além de cobrar que os reféns israelenses mantidos pelo Hamas sejam libertados.

"Um cessar-fogo deve ser consolidado e a Faixa de Gaza reaberta para a [entrada de] ajuda humanitária", afirmou.

Em um evento que celebrou o Dia da Independência dos EUA, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, analisou que o país europeu "fala a mesma língua" dos americanos em "muitas questões".

"É um elemento positivo no complexo quadro internacional que enfrentamos. É bom não somente para as nossas relações, mas também para a força, a unidade e a coesão do Ocidente. A relação é marcada por lealdade e respeito mútuo", disse.

Apesar dos pedidos de Tajani, Avichay Adraee, porta-voz em árabe do exército israelense, pediu que os moradores de alguns bairros na região da Cidade de Gaza deixem imedietamente suas casas.

"As Forças de Defesa de Israel estão operando com extrema violência na região e atacarão qualquer área usada para lançar foguetes contra Israel. Evacuem imediatamente para o sul e evitem retornar às zonas de combate", escreveu.