A Suprema Corte da Argentina expressou parecer favorável à extradição para a Itália de Leonardo Bertulazzi, ex-integrante do grupo terrorista de extrema esquerda Brigadas Vermelhas.

A decisão da mais alta corte argentina acolheu o parecer favorável do Ministério Público, que considerou "infundadas" as razões apresentadas pela defesa do italiano em um recurso contra o retorno ao seu país natal.

As autoridades de Buenos Aires ainda especificaram que a decisão sobre a extradição não se refere ao recurso apresentado pelo ex-membro das Brigadas Vermelhas contra a revogação de seu status de refugiado, decretada pelo governo do presidente Javier Milei.

Em uma entrevista à ANSA, o advogado do italiano, Rodolfo Yanzon, afirmou que a "polícia procedeu à sua prisão imediata com o objetivo de extradição, apesar de estar em curso um recurso sobre o reconhecimento de sua condição de refugiado".

O pedido de extradição contra Bertulazzi se baseia em uma condenação na Itália a 27 anos de prisão pelo sequestro do engenheiro naval Pietro Costa, em 1977.

O crime teve como objetivo obter dinheiro para financiar ações subversivas das Brigadas Vermelhas, como a compra do apartamento onde o ex-premiê Aldo Moro, raptado e morto pelo grupo, seria mantido em cativeiro em 1978.