O governo italiano justificou neste domingo (22) o bombardeio dos Estados Unidos ao Irã devido ao "perigo" representado pela produção nuclear do país persa, mas apelou às partes que reduzam a tensão.

"Esperamos que, após este ataque, que causou enormes danos à produção de armas nucleares e representou um perigo para toda a região, uma verdadeira distensão possa ser alcançada", pediu o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em um comunicado.

O chanceler italiano pediu ainda para o governo iraniano sentar à mesa de negociações e disse que nesta segunda-feira (23) haverá uma reunião de ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) em Bruxelas e um encontro com o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, para "entender as consequências que podem haver do ponto de vista da segurança".

Tajani garantiu que o governo da premiê Giorgia Meloni está "seriamente preocupado" com a segurança dos italianos na região e está "fazendo todo o possível" para seu repatriamento.

Além disso, o vice-premiê da Itália citou o papa Leão XIV e ressaltou que "a paz é um bem precioso" e "algo deve ser feito" por ela.

"A situação no Oriente Médio está piorando e ontem à noite houve uma evolução da situação com o ataque americano a algumas usinas nucleares iranianas", lembrou ele, enfatizando que "a diplomacia deve prevalecer", assim como a democracia precisa sobressair sobre as armas.