O Irã pode aceitar o convite para negociações feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e quer discutir um possível cessar-fogo com Israel, informou o The New York Times, citando um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores iraniano.

Junto com o cessar-fogo, segundo a mídia norte-americana, o Irã também estaria pronto para discutir seu programa nuclear com os Estados Unidos.

Na quarta-feira, Trump se recusou a dar uma resposta clara sobre se escolherá atacar as instalações nucleares iranianas e quando, e reiterou que deu a Teerã um "ultimato final" para se render após um ataque israelense ao país.

Situação na região

Na noite de sexta-feira (13), as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma operação em larga escala contra o Irã. A Força Aérea israelense atingiu alvos militares e instalações do programa nuclear. As autoridades israelenses afirmaram que a operação visou impedir uma ameaça à existência do Estado judeu.

De acordo com informações militares e de inteligência israelenses, o Irã se aproximou do "ponto sem retorno" na criação de armas nucleares. Segundo a mídia iraniana, alguns militares iranianos de alto escalão e vários cientistas nucleares foram mortos nos ataques. Os bombardeios também tiveram como alvo instalações nucleares em Natanz, Fordow e Isfahan, bases militares iranianas no noroeste do país.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou os ataques contra o Irã como um crime e afirmou que Israel enfrentaria um "destino amargo e terrível". A República Islâmica lançou a Operação Promessa Verdadeira 3 em resposta aos ataques das FDI.