Internacional
Interrupção do comércio entre China e América Latina seria um desastre, diz chefe da OEA
Em entrevista a jornal, Luis Almagro diz que pressão dos EUA para que países da região reduzam as relações com a China levará ao desastre econômico.
A pressão imposta pelos EUA para que a América Latina corte o comércio com a China pode levar a um desastre econômico, uma vez que a região é altamente dependente do comércio com o país asiático. É o que afirmou neste domingo (25), o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, em entrevista ao jornal Financial Times.
"A China é o maior ou o segundo maior parceiro comercial de praticamente todos os países latino-americanos. Tire isso da equação e você terá um grande desastre econômico regional", disse Almagro.
A publicação observa que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, está pressionando os países latino-americanos, tentando fazer com que eles reduzam suas relações com Pequim.
Anteriormente, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, disse que os EUA estavam tentando usar a "teoria da ameaça chinesa" como pretexto para controlar os países da América Latina e do Caribe.
A declaração de Jian foi dada depois que o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, disse que a China tem ambições militares globais que Pequim está demonstrando no hemisfério ocidental. Hegseth disse que a frota pesqueira da China na América Latina "está roubando alimentos de nossas nações e povos" e que "Pequim está investindo e operando nesta região para obter vantagens militares e ganhos econômicos injustos".
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