A possível adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) levará ao esgotamento dos recursos do bloco e a Hungria "não pagará essa conta", disse o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, neste domingo (25).

Na sexta-feira (23), Orbán disse à Rádio Kossuth que a UE quer que a Ucrânia integre o bloco o mais rápido possível, pois assim seria legalmente mais fácil dar dinheiro europeu a Kiev. Segundo Orbán, Kiev "absorveria nosso dinheiro como uma esponja".

"Adesão da Ucrânia à UE? Permitir que a Ucrânia se junte à União abriria as comportas para o esgotamento de nossos recursos. A Hungria não pagará essa conta", disse Orban em sua conta no X.

No dia 14 de abril, a Hungria lançou uma "consulta nacional de opinião" sobre a adesão da Ucrânia à UE, com apenas uma pergunta e as respostas de "sim" ou "não". Estas consultas, realizadas regularmente no país, são campanhas por correio nas quais todos os húngaros em idade de votar recebem cartas com perguntas, convidando a escolher entre uma lista de respostas e ao contrário dos referendos, não há limite de participação para tais consultas na Hungria. Após o término da pesquisa, em junho, os resultados serão enviados a Bruxelas.

Orbán afirmou que Bruxelas quer que a Ucrânia se torne membro da UE até 2030, mas a decisão final cabe à Hungria. Segundo Orbán, a adesão da Ucrânia ao bloco destruiria a economia húngara. Orbán também afirmou que a UE não quer ajudar a Ucrânia, mas sim colonizá-la, e que forçar Kiev a continuar o conflito é um dos métodos de colonização.