Internacional
Líder supremo do Irã diz não acreditar em resultados a partir das negociações nucleares com os EUA

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse nesta terça-feira (20) que não acredita que as negociações com os Estados Unidos sobre o acordo nuclear vão levar a qualquer resultado.
"Negociações indiretas [com os EUA] foram realizadas na época dele [do ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi], assim como agora, mas sem resultado. Não acredito que elas levem a um resultado agora também", disse o líder supremo, citado pela agência de notícias Mehr.
As exigências dos EUA para que o Irã cesse o enriquecimento de urânio são "um grande erro", disse Khamenei, citado pela agência de notícias ISNA. Teerã segue sua própria política e não precisa que lhe digam o que fazer, acrescentou o líder supremo.
Na segunda-feira (19), o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Majid Takht-Ravanchi, alertou que um acordo Irã-EUA não se concretizaria se Washington continuasse a insistir na suspensão total do enriquecimento de urânio.
Teerã e Washington realizaram quatro rodadas de negociações nucleares mediadas por Omã desde meados de abril, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta a Khamenei no início de março, oferecendo um novo acordo e ameaçando ação militar caso os esforços diplomáticos fracassassem. O Irã rejeitou negociações diretas, mas concordou com um diálogo indireto.
O vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Kazem Gharibabadi, disse nesta terça-feira que Teerã havia recebido uma proposta para a próxima rodada de negociações indiretas com os EUA e a estava considerando. Um jornalista do Wall Street Journal informou, sem citar a fonte, que as negociações poderiam ocorrer em Roma neste fim de semana.
O Irã assinou um acordo nuclear com China, França, Rússia, Reino Unido, EUA e Alemanha, bem como com a União Europeia (UE), em 2015. O acordo comprometeu Teerã a reduzir seu programa nuclear em troca do alívio das sanções. Os EUA se retiraram do acordo em 2018, durante o primeiro mandato de Trump, e reimpuseram sanções a Teerã, levando ao seu colapso. Em resposta, o Irã anunciou que reduziria seus compromissos, abandonando as restrições à pesquisa nuclear e ao nível de enriquecimento de urânio.
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