Internacional
Kremlin explica quando começarão as negociações entre Rússia e EUA
Em entrevista à Sputnik, o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov afirmou que as negociações entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia somente poderão acontecer depois do reestabelecimento da normalidade diplomática entre os dois países.
Esforços já foram feitos nesse sentido. No último mês reuniões entre as equipes diplomáticas da Rússia e dos Estados Unidos aconteceram em Riad, na Arábia Saudita, e em Istambul, na Turquia. No entanto, não há planos para novas conversas como estas em um futuro próximo. "Nem hoje, nem amanhã", afirmou Peskov.
Em sua declaração diária à imprensa, o porta-voz notou que Kiev recebia a maior parte das munições dos EUA. Por conta disso, a suspensão temporária da ajuda militar norte-americana ao regime ucraniano pode ser a melhor contribuição para a paz.
"Talvez, sem ser excessivamente otimista, alguém possa modestamente esperar que isso empurre o regime de Kiev a se inclinar para tentativas de resolver a situação por meios pacíficosa."
Já durante uma entrevista à rádio Mayak, Peskov classificou a retomada das relações bilaterais com os EUA como "positiva", mas ressaltou que as sanções econômicas impostas à Rússia tornam a cooperação difícil.
"Há enormes oportunidades para cooperação em uma ampla variedade de áreas, em uma ampla variedade de vastos territórios da Federação da Rússia [...]. Incluindo novas regiões."
Um exemplo disso é a cooperação em no campo de metais de terras raras. "Como podemos oferecer às empresas americanas agora se as sanções estão em vigor?"
Peskov esclareceu que o presidente não falou sobre mineração conjunta de terras raras, mas apenas sobre oportunidades potenciais e do interesse russo. "São coisas completamente diferentes."
Perguntado sobre a recente declaração de Zelensky, na qual tenta se desculpar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após uma altercação pública no Salão Oval da Casa Branca, Peskov afirmou que o Kremlin vê como um sinal positivo que Kiev esteja pronta para retornar às negociações com os norte-americanos.
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