Os analistas entrevistados pelo jornal consideram os acontecimentos como uma escalada do protecionismo dos EUA e alertaram que as novas tarifas levarão a um aumento da inflação nos Estados Unidos.

"Trata-se de uma escalada do protecionismo dos EUA sem uma justificativa econômica clara, que aumenta os custos para os consumidores e as empresas e interrompe as cadeias de suprimentos globais", afirmou ao Global Times Zhou Mi, pesquisador sênior da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica.

O analista acrescentou que os EUA não especificaram as categorias de mercadorias sujeitas às novas tarifas, pois elas podem ser aplicadas de forma ampla, não apenas em mercadorias específicas.

Além disso, ele enfatizou que tal política mudará o âmbito no contexto dos negócios de cada país.

"Essa mudança [imposição de tarifas] abrangente reformulará o comércio e as cadeias de suprimentos em todos os quatro países, impactando as empresas em geral", acrescentou ele.

Por sua vez, Lu Xiang, especialista em estudos sobre os EUA e pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse ao jornal que, se a ordem sobre tarifas entrar em vigor, ela afetará negativamente os três países – China, México e Canadá – e os principais parceiros comerciais dos EUA, os investimentos chineses no México e no Canadá também serão prejudicados.

"É um cenário de perda para todos os quatro lados. Os EUA também arcarão com o custo, pois as tarifas mais altas alimentam a inflação, aumentam o custo de vida e tornam mais difícil para o governo manter o controle da situação", finalizou Lu.

Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que continua comprometido com a imposição de tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México. O presidente dos EUA também acrescentou que seu governo está considerando a imposição de tarifas sobre as importações de petróleo desses países, mas a decisão final ainda não foi tomada.

Por Sputinik Brasil