Internacional
Ordem de prisão contra opositor de Maduro dificulta busca por solução pacífica na Venezuela, dizem Brasil e Colômbia em nota conjunta
Mais cedo, Amorim disse que decisão tornava mais difícil a tentativa de acordo que vem sendo negociada

Os governos de Brasil e Colômbia divulgaram uma nota conjunta, nesta terça-feira, em que afirmam manifestar "profunda preocupação" com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem.
"Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas", diz o texto.
A ordem de prisão contra Edmundo González, candidato da oposição venezuelana, causou preocupação no governo brasileiro, que vê agora um cenário muito mais difícil para uma solução negociada com o ditador Nicolás Maduro, que foi declarado vencedor do pleito presidencial de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral, de maioria chavista, mesmo sem apresentar as atas eleitorais.
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O pedido para a ordem de prisão foi feito pelo Ministério Público com base em cinco acusações, depois que ele ignorou três intimações para depor. Mais cedo, ao GLOBO, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, a decisão dificulta a tentativa de acordo que vem sendo negociada por Brasil e Colômbia.
— Torna tudo ainda mais difícil — disse Amorim.
O diplomata, no entanto, afasta a possibilidade de o Brasil adotar uma postura mais contundente contra Maduro:
— Eu sou do tempo da bossa nova. A gente nunca sobe o tom.
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Na semana passada, Lula reiterou que não reconhece a vitória de Maduro nem da oposição.
— A oposição fala que ganhou, ele fala que ganhou, mas não tem prova. Estamos exigindo a prova. Ele tem direito de não gostar. Eu falei que era importante convocar novas eleições — disse Lula em entrevista à Rádio MaisPB.
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