Internacional
Parlamento ucraniano vota a favor de proibir igreja ortodoxa vinculada a Rússia
265 de 450 deputados foram a favor da proposta; Rússia afirma que abrira espaço para a criação de uma "igreja falsa"
 
								O parlamento ucraniano adotou nesta terça-feira (20) um projeto de lei que prevê a proibição da igreja Ortodoxa ligada à Rússia, anunciaram os deputados, dois anos e meio após o início da guerra na Ucrânia. O projeto teve 265 votos dos 450 assentos possíveis, 39 a mais do que o necessário. Agora ele deve ser assinado pelo presidente Volodimir Zelenski para entrar em vigor.
— Decisão histórica! O parlamento votou um projeto de lei que proíbe uma filial do país agressor na Ucrânia — escreveu no Telegram a deputada Irina Guerashchenko.
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Com a aprovação, as organizações religiosas vinculadas à Rússia — incluindo a igreja ortodoxa ucraniana, ligada ao Patriarcado de Moscou — se tornam proibidas visando impedir qualquer atividade de "organizações religiosas" afiliadas "ao país que pratica agressão armada contra a Ucrânia".
A igreja alvo dessa decisão era anteriormente a mais popular na Ucrânia, um país com uma grande maioria ortodoxa. Mas perdeu numerosos fiéis nos últimos anos, à medida que o sentimento nacional ucraniano ganhava peso frente à antiga potência russa.
"Não haverá igreja moscovita na Ucrânia", acrescentou no Telegram, o chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Yermak.
Esse processo de desvinculação com a Rússia já acontecia antes da guerra. Ainda em 2018 já estavam sendo criadas as igrejas ortodoxas independentes de Moscou. Mas ele se intensificou após fevereiro de 2022, com o apoio explícito aos atos do Kremlin, pelos templos religiosos ligados à Rússia.
"Falsa igreja"
De acordo com o deputado Yaroslav Jelezniak, a nova lei dará nove meses às paróquias da Igreja afetada para "romper seus laços com a Igreja Ortodoxa Russa". Ainda assim, a eliminação das paróquias vinculadas a Moscou pode levar até mesmo anos, já que a proibição de cada uma delas deverá ser aprovada por um tribunal, segundo especialistas ucranianos.
Igrejas vinculadas à Rússia ainda contam com cerca de 9.000 paróquias na Ucrânia enquanto as ucranianas independentes têm entre 8.000 e 9.000, segundo a imprensa local.
A prota-voz da diplomacia russa, Maria Zajaroca, em uma transmissão da televisão estatal russa, condenou o projeto de lei por ser uma tentativa de Kiev de "destruir a ortodoxia canônica e verdadeira e colocar em seu lugar um substituto, uma falsa Igreja".
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