Internacional
EUA decidem não restringir envio de equipamento militar a batalhão de Israel acusado de violações de direitos humanos
Departamento de Estado americano afirmou que unidade Netzah Yehuda, formada por ultraortodoxos que aceitam se alistar, teriam passado por revisões sistemáticas desde o relato dos abusos
 
								Os Estados Unidos decidiram não restringir o envio de ajuda militar a uma unidade do Exército de Israel acusada de cometer violações de direitos humanos contra civis palestinos na Cisjordânia. O batalhão Netzah Yehuda (Vitória Judaica, em tradução livre), formado por judeus ultraortodoxos que aceitam o alistamento militar, estava sob o escrutínio americano ao menos desde abril, por uma série de acusações, incluindo a morte de um idoso enquanto estava sob custódia. O Departamento de Estado dos EUA justificou ter avaliado que Israel tomou medidas suficientes para "remediar" o risco de novas violações.
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O órgão americano determinou em abril que o batalhão Netzah Yehuda havia cometido abusos sérios o suficiente na Cisjordânia ocupada por Israel para levar à invocação da Lei Leahy, um instrumento jurídico que proíbe que os EUA ofereçam treinamento ou forneçam equipamento para tropas estrangeiras envolvidas em graves violações de direitos humanos, incluindo estupro, assassinato ou tortura — o que levou a críticas públicas do premier israelense, Benjamin Netanyahu, contra o governo americano.
Meses depois, na última sexta-feira, o Departamento de Estado americano afirmou que Israel tomou medidas suficientes para atender aos critérios da Lei Leahy para "remediação", na forma de justiça e responsabilização, para tornar a unidade elegível para assistência americana contínua. O anúncio do porta-voz Matthew Miller não mencionou especificamente Netzah Yehuda, mas autoridades disseram que essa era a única unidade israelense sob tal avaliação neste momento.
— Consistente com o processo Leahy, esta unidade pode continuar recebendo assistência de segurança dos EUA — afirmou Miller, indicando que as violações cometidas pelo batalhão seriam anteriores à atual guerra em Gaza e que tinham "sido efetivamente remediadas".
Uma autoridade dos EUA ouvida pelo New York Times disse que Israel forneceu à administração do presidente Joe Biden informações mostrando que dois soldados acusados por promotores militares como responsáveis por atos de indisciplina deixaram o Exército e não estão mais qualificados para servir na reserva. A autoridade também disse que o comando militar tomou outras medidas para evitar novas infrações, incluindo triagem aprimorada para novos recrutas e a criação de um seminário educacional de duas semanas para esses recrutas.
Histórico controverso
O Netzah Yehuda, criado para acomodar as práticas religiosas da comunidade ultraortodoxa de Israel, foi repetidamente acusado de maltratar palestinos. As acusações contra a unidade incluem amarrar e amordaçar o palestino-americano Omar Assad, de 78 anos, que morreu de ataque cardíaco enquanto estava sob custódia militar em janeiro de 2022.
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No mesmo ano, a unidade foi transferida da Cisjordânia para as Colinas de Golã, no norte de Israel, de acordo com uma carta sobre o assunto enviada em abril pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, ao presidente da Câmara, Mike Johnson.
Em abril, quando o assunto se tornou público, Netanyahu, condenou um plano sobre possíveis sanções ao batalhão, argumentando que a medida poderia alimentar tensões sobre a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.
"Em um momento em que nossos soldados estão lutando contra monstros terroristas, a intenção de sancionar uma unidade das FDI é o cúmulo do absurdo e um ponto baixo moral", escreveu Netanyahu. (Com NYT e Bloomberg)
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