Internacional

Brasileiros que vivem na Cisjordânia temem escalada da violência na região com morte de líder do Hamas

Embaixador do Brasil na Palestina afirma que há cerca de seis mil nacionais na Cisjordânia

Agência O Globo - GLOBO 31/07/2024
Brasileiros que vivem na Cisjordânia temem escalada da violência na região com morte de líder do Hamas
Brasileiros que vivem na Cisjordânia temem escalada da violência na região com morte de líder do Hamas - Foto: Reprodução/internet

A comunidade brasileira que vive na Cisjordânia teme a escalada da violência na região, causada pela morte do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã. A avaliação do embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, é que o cenário é preocupante.—- Tudo aqui nos preocupa, porque a situação sempre é volátil e pode escalar. Por isso, estamos sempre monitorando e conversando com a comunidade brasileira -- afirmou Candeas.

Segundo o embaixador do Brasil em Ramallah, há cerca de seis mil brasieiros na Cirjordânia. Ele relatou que, por enquanto, há uma greve geral na região, sem manifestações de rua. Acrescentou que check points (postos militares israelenses que controlam a passagem de palestinos entre territórios ocupados e não ocupados) de algumas cidades, como Hebron, estão fechados.

— A comunidade brasileira está apreensiva.Teme-se o risco de escalada — disse o diplomata.

A morte de Haniyeh é mais um componente ao cenário de uma grave crise no Oriente Médio. O ataque, atribuído pelo grupo palestino e pelo governo iraniano a Israel, ocorreu na terça-feiraa, dia da posse do novo presidente Irã, Masoud Pezeshkian.

Outra fonte de preocupação do governo brasileiro é com o aumento de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah. Nesta quarta-feira, o Itamaraty divulgou uma nota condenando o bombardeio por militares israelenses em Beirute, capital do Líbano, na terça-feira.

“O Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países”, diz a nota.