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Perdeu a passagem do 13P/Olbers? Saiba que outros cometas poderão ser vistos este ano

Fenômeno esteve à vista com o auxílio de binóculos, na direção da constelação de Lince, mas não será o último de 2024

Agência O Globo - GLOBO 08/07/2024
Perdeu a passagem do 13P/Olbers? Saiba que outros cometas poderão ser vistos este ano

A passagem do cometa 13P/Olbers, que só pode ser visto da Terra a cada 69 anos, atingiu seu brilho máximo neste sábado. Como esses fenômenos astronômicos não são tão frequentes, talvez seja necessário experimentar sua observação ao menos uma vez na vida. Segundo a National Geographic, este ano o universo nos surpreenderá com outros cometas.

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27 de setembro: o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) tem potencial para se tornar, nesta data, um “grande cometa”. Segundo o Instituto SETI, “seu brilho será comparável ao das estrelas mais luminosas”. Por conta disso, não será necessário nenhum equipamento extra para observá-lo. Além disso, poderá ser visto de todos os hemisférios.

29 de novembro: o cometa 333P/LINEAR será muito menor que os demais, sendo necessário um pequeno telescópio ou grandes binóculos para vê-lo. Trata-se de um cometa com período orbital de 8,7 anos.

Nas redes sociais, especialistas e amadores publicaram imagens da passagem do 13P/Olbers em Ehime, no Japão, e Indianapolis, nos Estados Unidos.

Segundo o Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o fenômeno poderia ser visto em céus escuros com o auxílio de binóculos, na direção da constelação de Lince, principalmente no Norte e no Nordeste do Brasil, em locais sem poluição luminosa.

Descoberto por Heinrich Wilhelm Matthias Olbers (Bremen) em março de 1815, o cometa 13P/Olbers é considerado como um "tipo Halley", um ponto brilhante frequentemente estudado pelos astrônomos, posto que há especulações sobre sua órbita ser acompanhada de uma chuva de meteoros associada em Marte.

Os cometas são corpos celestes que se originaram após a criação do nosso sistema solar há aproximadamente 4600 milhões de anos.

São compostos de gelo seco, água, rocha e outras substâncias como amoníaco, metano e alguns metais que, por estarem em temperaturas muito baixas, permanecem congelados.