Internacional
Quem é Ebrahim Raisi, ultraconservador que é presidente do Irã desde 2021
Sua chegada ao poder pôs todas as instituições políticas importantes do país sob o controle da chamada linha dura do regime

O presidente do Irã, o ultraconservador Ebrahim Raisi está desaparecido após a queda de um de três helicópteros de seu comboio presidencial neste domingo. Com 63 anos, Raisi é presidente da República Islâmica desde junho de 2021, sucedendo ao moderado Hassan Rouhani após uma vitória que pôs todas as instituições políticas importantes do país sob o controle da chamada linha dura do regime.
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Acusado por muitos iranianos e ativistas de direitos humanos de ter um papel em execuções em massa de prisioneiros políticos nos anos de 1980, Raisi nasceu em 1960 em Mashhad — segunda maior cidade do Irã, na região nordeste, e lar do santuário xiita mais sagrado do país — e perdeu o pai, que era clérigo, quando tinha apenas cinco anos.
Aos 15, o hoje presidente, que veste o turbante negro que o identifica sob a tradição xiita como um descendente do profeta Maomé, seguiu os passos do genitor e entrou em um seminário na cidade sagrada de Qom.
Enquanto era estudante, participou de protestos contra o Xá apoiado pelo Ocidente, que acabou por ser deposto em 1979 na Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, depois da qual ingressou no Judiciário e ascendeu cedo a cargos importantes enquanto era treinado pelo aiatolá Ali Khamenei, que se tornou presidente do Irã em 1981.
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Com apenas 20 anos, foi nomeado procurador-geral de Karaj, que fica perto da capital, Teerã. Em 1989, aos 25 anos, tornou-se procurador-geral de Teerã, cargo que ocupou até 1994, e depois vice-chefe da Autoridade Judiciária durante uma década desde 2004, procurador-geral nacional em 2014. Em 2019, foi nomeado por Khamenei para a chefia do Judiciário, cargo que ocupou até ser eleito presidente.
O cargo de presidente é a segunda posição mais poderosa do Irã, abaixo apenas da do líder supremo — decisões finais sobre política externa ou grandes temas nacionais não são tomadas pelo presidente, mas sim pelo aiatolá Khamenei.
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