Internacional
Animais estariam sendo mantidos em condições inadequadas em zoológicos europeus, denuncia fundação britânica
Entre os zoológicos com mais irregularidades estão os de Sosto e Budapeste, na Hungria; de Madri e o Bioparc de Valencia, na Espanha; e o Boissière, na França
Um relatório publicado nesta sexta-feira, 17, pela Fundação Aspinall, uma associação britânica que defende a proteção das espécies em extinção, denunciou o tratamento inadequado de animais em zoológicos europeus. O documento critica os espaços destinados aos bichos, classificados como insuficientes ou perigosos, além de irregularidade nos alimentos que são dados a eles.
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A fundação afirma ter encontrado mais de 3.000 infrações das normas vigentes de proteção animal em 29 centros que inspecionou discretamente durante 18 meses. Todos os lugares notificados são membros da Associação Europeia de Zoológicos e Aquários (EAZA), que agrupa mais de 400 estabelecimentos, principalmente da Europa.
No texto, a rede de proteção aos animais fala em "espaços insuficientes e inadequados, recintos perigosos, ausência de piscinas", ou até mesmo "alimentos inadequados". Entre os zoológicos onde foram constatadas mais irregularidades estão os de Sosto e Budapeste, na Hungria; de Madri e o Bioparc de Valencia, na Espanha; e o Boissière, na França.
"Os elefantes são as vítimas do maior número de situações anômalas, seguidos pelos rinocerontes, leões, tigres e girafas", destaca o relatório de 35 páginas.
Ainda no documento, a fundação estabelece que "um conjunto de elementos e situações revelam o não cumprimento dos padrões da EAZA", e coloca em cheque a capacidade da entidade de fazer valer as normas entre seus membros e controlar suas ações.
Em seu site, a EAZA reforça o compromisso de "definir e demonstrar a excelência na conservação das espécies, por meio de uma abordagem transparente e colaborativa para a gestão, o cuidado e o bem-estar das populações de animais selvagens".
Para Damian Aspinall, presidente da fundação responsável pela denúncia, as pessoas que dirigem esses estabelecimentos "estão prejudicando os animais, criando o mito da conservação (nos zoológicos) e mostrando uma grande falta de conhecimento e cuidado na matéria".
Em resposta à AFP, a diretora-geral da EAZA, Myfanwy Griffith, denunciou que o relatório da Aspinall "não representa os objetivos e a eficácia do programa de acreditação da EAZA".
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