Quase metade dos israelenses quer adiar uma invasão de Gaza, segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (27) pelo jornal Maariv. O resultado da pesquisa pode indicar uma queda no apoio à próxima fase da ofensiva militar israelense contra o Hamas.

O governo do premier Benjamin Netanyahu afirmou que eliminaria o grupo terrorista em resposta ao ataque do Hamas contra o território israelense, no dia 7 de outubro, que resultou em mortes e sequestros de israelenses e estrangeiros, a maioria civis. Desde então, as Forças Armadas de Israele têm bombardeado a Faixa de Gaza e, nos últimos dias, tem preparado uma invasão por terra ao território palestino.

A pesquisa do Maariv questionou os entrevistados se os militares deveriam iniciar imediatamente uma ofensiva por terra: 29% dos israelenses concordaram, enquanto 49% afirmaram que "seria melhor esperar". Os indecisos somam 22%. A pesquisaq ouviu 522 cidadãos israelenses; a margem de erro é de 4,3%, de acordo com o Maariv.

O Maariv afirma que o resultado da pesquisa contrasta com uma sondagem anterior realizada no dia 19 de outubro, quando 65% dos entrevistados apoiavam uma grande ofensiva militar por terra em Gaza.

"É quase certo que o desenvolvimento da questão dos reféns, que está no topo da agenda neste momento, teve um grande impacto na mudança de opinião dos israelenses", diz a matéria do Maariv.

Na quinta-feira (26), Israel informou que o número de reféns sequestrados pelo Hamas chega a 224. Apenas quatro deles - duas americanas e duas israelenses - foram soltos até o momento. Também na quinta-feira, o Hamas afirmou que os bombardeios israelenses já teriam matado cerca de 50 reféns. A informação não pode ser checado por uma fonte independente.