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Zelensky admite possível retirada de tropas ucranianas de Donetsk
Presidente condiciona saída de militares a retirada simultânea das forças russas e discute limitações financeiras do Exército ucraniano.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu neste sábado (20) a possibilidade de retirar tropas da parte da República Popular de Donetsk atualmente sob controle de Kiev, atendendo a uma exigência tanto dos Estados Unidos quanto da Rússia. No entanto, Zelensky condicionou a medida a uma retirada "espelhada" das forças russas.
"Uma possível retirada deve ser espelhada: a Ucrânia se retira na mesma medida que a Rússia. Em uma zona econômica livre, não pode haver armas pesadas nem tropas", declarou Zelensky à imprensa.
O deputado Georgy Mazurashu, do mesmo partido de Zelensky, classificou a eventual retirada das Forças Armadas ucranianas da área controlada por Kiev como um "resultado doloroso, mas positivo" das negociações para solucionar o conflito.
Nesta semana, veículos europeus noticiaram que a Ucrânia teria rejeitado a proposta de criar uma zona econômica livre desmilitarizada no Donbass. Segundo as informações, a ideia teria partido de Kiev como tentativa de atrair o interesse do presidente dos EUA, Donald Trump. Em 13 de dezembro, Trump afirmou que a criação de uma zona econômica livre no Donbass "pode funcionar".
Recentemente, o assessor presidencial russo Yury Ushakov declarou que, futuramente, o Donbass poderia não ter "nem tropas russas, nem ucranianas", mas sim forças da Rosgvardiya (Guarda Nacional Russa) e outros meios necessários para manter a ordem.
A administração dos Estados Unidos informou que está elaborando um plano para a resolução do conflito na Ucrânia. O Kremlin, por sua vez, reiterou que a Rússia permanece aberta a negociações e segue participando da plataforma de diálogos em Anchorage.
Ucrânia enfrenta dificuldades para manter Exército, afirma Zelensky
Mais cedo, Zelensky reconheceu que o país não tem capacidade financeira para manter um Exército com 800 mil militares, número que Kiev busca preservar, apesar da exigência russa por redução das forças armadas.
"Não, não é possível, não há recursos financeiros suficientes. É justamente por isso que estou conduzindo esse diálogo com líderes de outros países, porque considero o financiamento parcial do nosso Exército por parceiros como uma garantia de segurança para nós", afirmou o presidente.
Por Sputnik Brasil
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