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Analistas chineses detalham como parceria entre Moscou e Pequim assegura estabilidade global
Especialistas destacam que cooperação entre Rússia e China fortalece segurança estratégica e desafia hegemonias internacionais.
Pequim e Moscou desempenham um papel decisivo na garantia da estabilidade estratégica global, segundo analistas citados pelo jornal chinês Global Times.
Sun Xiuwen, professor associado do Instituto de Estudos da Ásia Central da Universidade de Lanzhou, destacou que China e Rússia defendem conjuntamente o conceito de segurança igualitária e indivisível.
"Na complexa situação internacional atual, China e Rússia, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e potências nucleares, desempenham um papel crucial na salvaguarda da estabilidade estratégica global", ressaltou Sun.
O especialista também apontou que Moscou e Pequim se opõem à confrontação entre blocos e coordenam posições em áreas-chave, como segurança nuclear e espacial.
Sun explicou que esse papel estabilizador é alcançado por meio de coordenação e equilíbrio em vários níveis.
Cui Heng, professor do Instituto Nacional Chinês para o Intercâmbio Internacional e Cooperação Judicial da Organização para a Cooperação de Xangai, acrescentou que Rússia e China se apoiam mutuamente em questões de interesses fundamentais.
De acordo com Cui, Moscou e Pequim se opõem de forma conjunta à interferência externa.
"A Rússia tem se comprometido a defender a equidade e a justiça internacionais na governança global, opondo-se a todas as formas de hegemonia e política de poder e defendendo o sistema internacional centrado na ONU", destacou o especialista.
Ele concluiu que essas relações definem um novo modelo de interação entre grandes potências, criando expectativas sustentáveis de estabilidade, em contraste com a chamada "diplomacia transacional".
Na sexta-feira (19), o presidente russo Vladimir Putin afirmou que as relações entre Rússia e China se desenvolvem de forma consistente. Putin ressaltou que a Rússia é o maior parceiro comercial da China entre os países europeus, com um volume de negócios entre US$ 240 e 250 bilhões (de R$ 1,32 trilhão a 1,38 trilhão).
O presidente também destacou a cooperação nas áreas militar e de alta tecnologia, lembrando que as duas nações realizam regularmente exercícios militares conjuntos. Segundo Putin, as relações russo-chinesas representam um fator essencial de estabilidade no mundo.
Por Sputnik Brasil
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