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Petróleo fecha em alta com tensões globais, mas acumula queda semanal de 1%
Preços do petróleo sobem pelo terceiro dia seguido diante de incertezas geopolíticas, mas registram recuo na semana.
O petróleo encerrou a sexta-feira, 19, em alta pelo terceiro pregão consecutivo, impulsionado pelo aumento das tensões geopolíticas, especialmente envolvendo Estados Unidos e Venezuela. Enquanto isso, um acordo de paz para a Ucrânia dificilmente será concretizado até o Natal, como desejava o presidente norte-americano, Donald Trump.
O contrato do petróleo WTI para fevereiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), subiu 0,93% (US$ 0,52), fechando a US$ 56,52 o barril. Já o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 1,08% (US$ 0,65), encerrando a US$ 60,47 o barril. Apesar do desempenho positivo no dia, o WTI acumulou perdas de 1,60% e o Brent de 1,06% na semana.
As tensões entre os países aumentaram após Trump afirmar, em entrevista à NBC News, que ainda considera a possibilidade de um conflito com a Venezuela. O secretário de Estado, Marco Rubio, também destacou que o país sul-americano "é o único que não coopera no combate aos cartéis".
No cenário europeu, o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, deve se reunir nesta sexta-feira com conselheiros de segurança nacional da Alemanha, França, Reino Unido e Ucrânia, em Miami. Um encontro com a delegação russa está previsto para o fim de semana, também na Flórida.
Em coletiva anual, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que Moscou está disposta a avançar nas negociações para encerrar a guerra, mas avalia que ainda não há prontidão por parte da Ucrânia e do Ocidente.
Segundo a consultoria Ritterbusch, a possibilidade de perda de fornecimento venezuelano é considerada modesta, principalmente se comparada aos potenciais ajustes na oferta global de petróleo, caso um acordo entre Ucrânia e Rússia seja firmado. Entretanto, a empresa acredita que o conflito deve se estender ao longo de 2026.
Para 2025, a Capital Economics alerta que a oferta abundante de petróleo seguirá como o principal fator de influência nos mercados de energia.
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