Geral
Eve realiza primeiro voo bem-sucedido do protótipo do 'carro voador'
Subsidiária da Embraer conclui teste pioneiro com eVTOL em escala real e projeta início das operações comerciais para 2027
A Eve, subsidiária da Embraer, realizou com sucesso o primeiro voo do protótipo não tripulado em escala real de sua aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL). O teste, considerado um passo fundamental para a certificação do chamado 'carro voador', aconteceu na unidade da Embraer em Gavião Peixoto, interior de São Paulo.
Com esse marco, a Eve reforça a expectativa de iniciar a operação comercial do eVTOL em 2027. Os próximos passos incluem centenas de voos programados para 2026, ampliando gradualmente o envelope de voo até alcançar a transição completa para voos sustentados pelas asas (wingborne flight).
Serão produzidos seis protótipos certificáveis para testes, com foco no processo de certificação da aeronave. Paralelamente, a Eve segue em colaboração com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), autoridade primária de regulação do eVTOL, para avançar nas etapas regulatórias e de certificação.
"Este é um marco histórico para nossos colaboradores, clientes, investidores e para todo o ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana", afirma Johann Bordais, CEO da Eve. "Este voo valida nosso plano, executado com rigor para entregar a melhor solução ao mercado. Conseguimos capturar informações cruciais que nos permitirão avançar com segurança e confiança no caminho até a certificação", acrescenta.
As próximas fases do programa envolvem a expansão progressiva do envelope da aeronave, a transição para o voo de cruzeiro sustentado por asas fixas e a continuidade do trabalho com a Anac e outras autoridades certificadoras, como a norte-americana FAA e a europeia EASA.
O primeiro voo do protótipo estava inicialmente previsto para agosto passado, mas alterações nos motores do modelo de teste mudaram o cronograma. A Eve utilizava motores de diferentes fabricantes e, como o motor da japonesa Nidec ainda não está totalmente desenvolvido, foi temporariamente substituído por um modelo da americana BETA Technologies.
Até o terceiro trimestre de 2025, a Eve já contabilizava cerca de 2,8 mil pedidos de eVTOLs, entre pedidos firmes e cartas de intenção, totalizando uma carteira estimada em aproximadamente US$ 14 bilhões.
Financiamento
Há cerca de dez dias, a Eve obteve aprovação para um financiamento de R$ 200 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com esse recurso, a empresa assegura capital suficiente para operar até o final de 2027.
Desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em financiamentos para a Eve, tornando-se o segundo maior acionista da companhia, com 4,4% de participação. A Embraer mantém o controle majoritário, com 72% das ações.
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